terça-feira, 1 de junho de 2010

tenho saudades daqui.
nao muitas, pq sei que é um lugar abandonado, mas o suficiente pra me fazer voltar.
muita coisa do que era eu sumiu, muita coisa que eu gostava de fazer.
tenho saudade disso tbm.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Escute Frank Sinatra

Hoje eu estava rotineiramente voltando pra casa depois da aula na faculdade. E rotineiramente eu estava voltando a pé, acompanhado apenas do meu psp e das músicas que ele canta pra mim. Só que hoje eu resolvi que ele devia cantar algo diferente (eu tenho essa mania de escutar músicas de bandas ou artistas que eu não conheço bem, ou que nunca tenha ouvido falar. A melhor parte é a força de vontade de ouvir as músicas todas sem pulá-las (mesmo que não me agradem), ou sem sequer saber o nome delas, uma vez que não fico olhando o display do psp o tempo todo, visto que ele fica guardado na bolsa nas minhas costas. E também pelo fato de ele ficar guardado na bolsa nas minhas costas eu não passo a música, porque eu teria que tirar ele da bolsa, tirar ele da capinha de proteção, destravar ele...) para mim, e botei ele pra cantar Frank Sinatra.

A última vez que eu escutei conscientemente Frank Sinatra faz muito tempo. E conscientemente não quer dizer necessariamente que havia sido eu quem tinha me posto pra escutar. Ao pensar em Frank Sinatra, me vinha uma nostalgia. Não dessas que significa saudade de algo que você viveu, mas é uma saudade de algo que falaram pra você que era bom apesar de você nunca ter experimentado (um saudosismo; a mesma sensação que eu tenho ao ver uns quadros que uma tia minha tem nas paredes de sua casa, com o Chaplin neles; dá até uma agonia olhar pra eles, e pensar que aquilo um dia foi novidade pra quem viveu na época que foi lançado).

E as músicas dele são boas mesmo. O instrumental é baixinho, a voz dele é forte. As músicas que eu tinha eram quase todas versões ao vivo, e era interessante ver que no fim de cada música ele agradecia as palmas que o público dedicava a ele, uma coisa que demonstra uma cumplicidade dele com o público. E há também uma cumplicidade na voz dele, você se sente a vontade em ouví-la. A voz dele cativa, faz você prestar atenção no que ele está cantando. Eu quase podia ver ele cantando, só em ouvir sua voz.

Vale salientar que eu voltava pra casa num fim de tarde, com o sol se pondo. Um clima único, uma ótima experiência. Depois me perguntam o porquê de eu voltar pra casa a pé.

São sensações indescritíveis (ou descritíveis depois de muita enrolação).

terça-feira, 29 de abril de 2008

Às vezes eu me impressiono com o quanto eu sou ridículo por deixar de fazer as coisas que eu quero fazer em virtude de virtudes que me acostumei a ter.

Quanto tempo já não faz que eu não tomo um banho de chuva sem me importar com o que vão pensar quando me virem?

Quanto tempo faz que não invisto 1 ou 2 reais em confeitos e passo a tarde toda comendo-os, pensando em nada, fazendo nada, só tendo o prazer de comê-los?

Quanto tempo faz que não sou sincero o suficiente com quem quero ser por acreditar que a sinceridade pode acarretar em discussões que levem a fim de relacionamento?

Quanto tempo faz que eu não me preocupo em procurar coisas bonitas onde supostamente não há, como em escombros ou no alto de árvores?

Quanto tempo faz que eu não subo numa árvore, por já acreditar que seja uma coisa que não me trarar nenhum prazer?

Quanto tempo faz que eu não como uma fruta tirada diretamente da árvore?

Quanto tempo faz que não faço uso de minha imaginação, como o fazia ao transformar em minhas brincadeiras pedaços de tijolos em naves espaciais, a água da chuva que corre no asfalto nas águas de um rio onde navegava meu barco que era uma folha de uma árvore?

Quanto tempo faz que eu não dou valor a experiencias que realmente devia dar, como um abraço em pessoas amigas?

Quanto tempo faz que eu não abraço alguém com sentimento de ternura?

Eu sou um ridículo.
E o sou ainda mais por não mudar isso, tendo consciência disso.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Filosofia barata

Início da Sessão: segunda-feira, 3 de março de 2008

* rafael (halamano@hotmail.com)
* Anônimo (anonimo@hotmail.com)

(08:52) rafael: acabei de acordar
(08:52) rafael: fui dormir vendo ikkoku
(08:52) rafael: to no 43 ainda
(08:54) Anônimo: e hoje que não vou trabalhar, mas tenho que estudar para merda da faculdade
(08:54) Anônimo: tou com muitas leituras atrasadas
(08:54) rafael: eu to com altas leituras tbm
(08:54) rafael: e tenho aula
(08:54) rafael: mas a aula é so no fim da tarde
(08:54) Anônimo: heuihuihuihhieuhuia
(08:54) Anônimo: a faculdade só me atrapalha nos estudos...
(08:55) Anônimo: omi, o cara que vê anime e estuda japonês... toca guitarra.... fazer faculdade é obsoleto
(08:55) Anônimo: heuiahiuhaiuahi
(08:55) rafael: heuhueheuheueheh
(08:55) Anônimo: heuihiuhheiu
(08:55) rafael: esse homi ta delirando ai
(08:55) Anônimo: tou puto, man
(08:55) rafael: eu vou comer alguma coisa aqui, boy
(08:55) rafael: volto ja
(08:55) Anônimo: passando embaixo em todas as áreas da minha vida
(08:56) Anônimo: no japonês, na faculdade, na guitarra e com mulheres.... está faltando tudo...
(08:56) Anônimo: T.T
(08:56) rafael: poiseh
(08:56) rafael: só tu, né?
(08:56) rafael: heueheuehueheuh
(08:56) rafael: ta todo mundo fudido, boy
(08:56) rafael: o mundo é dos outros, pq meu ele não é
(08:56) rafael: o meu mundo é só angustia
(08:57) Anônimo: ehuihiauiuhaihauh
(08:57) Anônimo: né isso, man
(08:57) Anônimo: mas isso vai mudar ainda esse ano
(08:58) Anônimo: se EU quiser
(08:59) rafael: poiseh
(08:59) rafael: o negoço é o cara ter força e disposição pra mudar
(09:00) rafael: as vezes o cara ta de saco tão cheio que nem tem muita disposição pra mudar
(09:00) rafael: eu por exemplo
(09:00) rafael: ehueheuheuheuhuhe
(09:00) Anônimo: omi
(09:00) Anônimo: faz anos que estou depressivo
(09:01) Anônimo: desde 97, do segundo ano do segundo grau...
(09:01) Anônimo: e nunca consegui mudar significamente...
(09:01) Anônimo: 11 anos depois, nos dias atuais... as vezes eu penso que mudar não vale mais a pena...
(09:01) Anônimo: é melhor perecer do que mudar
(09:02) Anônimo: ehuahuiaahiuahia
(09:02) Anônimo: acho que estou depressivo mais ainda...
(09:04) rafael: né
(09:04) rafael: não acontece nada de excepcional
(09:04) rafael: sempre a mesma merda
(09:04) rafael: nada anda
(09:04) rafael: e chega um momento
(09:05) rafael: que voce percebe que 11 anos
(09:05) Anônimo: mas ainda tem gente que diz que a culpa é nossa...
(09:05) rafael: nem passaram
(09:05) rafael: mas vc ta aqui, mas velho
(09:05) rafael: mais velho
(09:05) rafael: e que nao pode fazer nada contra isso
(09:05) Anônimo: a culpa pode ser parcial, mas não total
(09:06) rafael: né
(09:06) rafael: daí boy
(09:06) rafael: a unica coisa que se pode fazer
(09:06) rafael: é voce mesmo ser excepcional
(09:06) rafael: pra ver se as coisas acontecem
(09:06) rafael: mas foda é que ser excepcional não é uma coisa que todo mundo consiga
(09:06) rafael: eu pelo menos não consigo
(09:06) rafael: dai fico na merda
(09:07) Anônimo: me tornar o superhomem, segundo nietzchie
(09:07) rafael: né
(09:07) Anônimo: omi
(09:07) rafael: um dia eu leio nietzchie
(09:07) Anônimo: e verá que ele só fala merda
(09:07) Anônimo: o óbvio
(09:07) rafael: ele aparentemente sabe mais sobre a vida do que qualquer outro desses filosofos chibatas
(09:07) rafael: eheuheuheuehueheuehu
(09:07) Anônimo: todos esses filósofos falavam o óbvio
(09:07) rafael: né
(09:08) Anônimo: leia Epicuro, a biba grega
(09:08) rafael: ehueheuehueheueh
(09:08) Anônimo: ele é um filósofo pré-socrático que sabe da vida como ela é
(09:08) Anônimo: assim como Epíteto, que é um magão feliz
(09:08) Anônimo: heuiahiuahihuahi
(09:09) rafael: ehueheuhueheuheueheuheueheuheuheeueh
(09:15) rafael: o negócio é que eles sabiam consultar o dicionario
(09:16) rafael: e ver que nem tudo é tão complicado como a gente quer que seja
(09:16) Anônimo: ehhehehhhehe é verdade...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Sorte de hoje

"Pare de procurar eternamente; a felicidade está bem ao seu lado"

Eu olhei pra o lado e vi todo o dinheiro que eu tinha no momento, junto do meu psp e do meu computador.

A felicidade está nas pequenas coisas.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Nota mental

Nunca pedir a um amigo que vá me dar carona para fazer isso de ré. Porque ele o fez.
Até atravessar a Salgado Filho ele atravessou, de ré. Tá bom que eram mais de 3h da madrugada, mas não deixa de ser perigoso. E engraçado.
E o melhor momento foi quando ele parou no sinal e parou um carro ao lado. Ter que olhar no retrovisor pra ver se o sinal tava aberto foi indescritível.

Fez meu dia (que nem começou direito) valer a pena.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sobre mentiras e sinceridade

Eu tenho um amigo, e ele de vez em quando me visita. Aí eu descobri que ele tem muitos amigos, com os quais ele conversa muito frequentemente na internet. Aí que esses amigos dele não são daqui, são de outras partes do país. Aí que esses amigos não conhecem ele de verdade, apenas conhecem o que ele digita lá na internet. Aí que ele mente, aparentemente pra parecer ser uma pessoa melhor do que realmente é, ou pelo menos mais atrativa. Aí que isso realmente funciona, os amigos desse meu amigo acreditam no que ele diz, até porque não há ninguém que possa provar que o que esse meu amigo diz pra os amigos dele não é verdade.
Agora eu me pergunto: por que? Necessidade de auto-afirmação? Necessidade de atenção?
E eu penso e não vejo um porquê. Não que eu nunca tenha mentido pra parecer legal, mas o que eu não entendo é por que ele fez amigos em outros lugares e mente pra eles dizendo ser quem não é.

Acho que algumas das vezes que eu fui mais sincero com as pessoas foi quando falei com pessoas que não estavam no meu campo de visão, principalmente pelo fato de elas não estarem no meu campo de visão. Isso porque por mais que elas pudessem me discriminar, era só não falar com ela e estaria tudo bem.
Não que eu não seja sincero com as pessoas que estão no meu campo de visão, porque geralmente eu sou. Eu tenho essa mania de ser sincero, às vezes até demais, e isso é um problema. Mas não sou plenamente sincero, de dizer exatamente o que estou pensando. Eu tenho a mania de me censurar, uma mania que acredito que todo mundo tem. E estou aprendendo a perder esse costume, "andando" com esse amigo, porque a parte mais engraçada de tudo é que ele diz o que pensa pra todo mundo que está no campo de visão dele, uma coisa que admiro nele.

Aí que ele mente na internet e na vida real fala a verdade.

Vai entender...

E não, ele não tem nome.